sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Alunos da Confeitaria & Panificação Rápida! (Aula 4)


* Massas Quebradas, ou Quebradiças ou Esfareladas

- Apresenta a mesma textura, podendo ser quebradas de maneira relativamente fácil, dependendo do teor de gordura e método utilizado para sua elaboração.

- Há 2 métodos para preparar uma massa quebradiça, são eles:

- Sablage = manteiga fria é ligada à farinha e se obtém um granulado semelhante à "areia" (significa em francês sable). Desse modo, a farinha fica impermeabilizada e evita-se que ela obsorva rapidamente os líquidos, dando maior forma à massa final.
Para atingir esse resultado, a mistura dessa massa deve ser manual com a ponta dos dedos ou um raspador, amassando com a palma da mão, para não desenvolver o glúten da farinha. Pode-se usar também um processador no modo pulsar.

- Crèmage = os líquidos são emulsionados com a gordura e o açúcar, juntando-se à farinha por último. Esse método é utilizado para massas doces, já que os líquidos não são absorvidos tão rapidamente pela farinha e para evitar que as massas fiquem elásticas. Nesse processo, a gordura e o açúcar ficam com consistência cremosa, pelo processo de bateção, que pode ser manual com um fouet ou processador, que corta a massa ou batedeira em baixa velocidade (raquete). A intenção é só misturar, se bater muito, surgirão redes de glúten e a massa ficará dura.

- Recomenda-se utilizar essas massas depois de um descanso de no mínimo 30 minutos.

- Não se utiliza fermento químico nas suas produções.


- Tipos de Massas Quebradas:

1 - Sucrèe (Doce)
2 - Sablèe
3 - Frolla
4 - Brisèe (Salgada)


* Patê à Choux

- Massa base para éclairs (o nome chique da nossa Bomba), bolachas Samantha, carolinas, profiteroles (a prima rica da carolina), Torta Saint Honoré, beignets, croquembouches, churros, Paris-Brest e muito mais (inclusive muitas versões salgadas - algumas até lembram pão de queijo), a massa choux, ou pâte à choux foi criada no século XVI pelo confeiteiro da corte de Catarina de Médici.

- É aquela que a gente compra na padaria e que fica oca por dentro. 

- Composta de uma mistura de água, manteiga e farinha, que é cozida e acrescida de ovos ainda morna, a massa choux quando assada ganha uma crosta fina, um interior oco e uma aparência de inflada (o alto teor de umidade da massa evapora no cozimento, e esse vapor é responsável pelo crescimento da massa e pelo oco característico).

- Algumas receitas substituem parte da água por leite, o que resulta em uma massa mais macia do que crocante, mas eu prefiro a receita básica mesmo. Andei preparando bombas de creme e carolinas açucaradas por esses dias, e não vou parar por aí, já que a massa tem uma versatilidade incrível!

- Pâte à choux é uma massa cozida preparada combinando-se água (ou leite, ou leite e água), manteiga, farinha de trigo, sal e ovos. Quando assada essa massa expande permanecendo leve e com uma cavidade em seu interior.
- A temperatura do forno é extremamente importante na cocção da pâte à choux, pois somente uma temperatura alta (200ºC) é capaz de produzir uma quantidade suficiente de vapor, que faz com que a massa se expanda levando à formação de uma cavidade no centro.


- A partir da pâte à choux podemos preparar os seguintes itens:

1- Profiteroles (carolinas): preparação recheada com sorvete.
2- Religieuses: pâte à choux em formato de freiras e recheio de café.
3- Croquembouche: sobremesa típica nos natais franceses. Uma pirâmide de carolinas. Recheadas de creme e cobertas com caramelo.
4- Éclairs: são as bombas brasileiras.
5- Gougères: pâte à choux salgada no sabor queijo.
6- Paris-Brest: pâte à choux em formato de anel, recheada com creme.
Sobremesa inspirada por uma corrida de bicicletas realizada na França desde o séc. XIX.
7- Gâteau Saint-Honoré: bolo preparado com massa folhada, creme e carolinas caramelizadas.


* Ganaches:

- A ganache, em sua forma mais básica, é uma emulsão preparada apenas com dois ingredientes: chocolate e creme de leite fresco, porém pode ser preparada com manteiga ou outros líquidos em substituição ao creme de leite.

- A adição de outros ingredientes, como por exemplo, ovos, aromatizantes, bebidas alcoólicas, suco de frutas, raspas de frutas ácidas, glucose, manteiga, entre outros, pode transformar a ganache em coberturas, recheios, molhos ou trufas.

- Qualquer tipo de chocolate (amargo, meio-amargo, ao leite ou branco) pode ser utilizado na preparação da ganache, porém, a quantidade de cacau e/ou gordura presente no chocolate alterará dramaticamente a consistência final.

- Segue abaixo a proporção básica para chocolate e creme de leite fresco na produção de ganaches de diferentes consistências:

1- Textura firme = Amargo e meio amargo - 2 partes de chocolate e 1 parte de creme de leite.
2- Textura firme = Branco e ao leite - 2 ½ partes de chocolate e 1 parte de creme de leite.
3- Textura média = Amargo e meio amargo – 1 parte de chocolate e 1 de creme de leite.
4- Textura média= Branco e ao leite – 2 partes de chocolate e 1 de creme de leite.
5- Textura macia = Amargo e meio amargo - 1 parte de chocolate e 2 partes de creme de leite.
6- Textura macia = Branco e ao leite - 1 ½ de chocolate e 2 partes de creme de leite.

- A ganache de textura macia, também conhecida como Soft Ganache pode ser utilizada como cobertura de bolos ou decoração de algum outro item após ser gelada durante 24 horas e aerada como chantilly.

- A ganache dura (Hard Ganache) é a proporção normalmente utilizada na preparação de trufas, com a adição de outros ingredientes.

* Produções do Dia:

- Patê à Choux
Massa cozida e oca.
Conhecidas como massa das Bombas.

- Massa Seca
Conhecida pela doutrina como Massa Quebrada, tipo Sucrèe.
Também chamada de Massa Podre.

- Trufas
É feitas com Ganache dura (Hard Ganache) e cobertas sempre com cacau em pó.

- Massa para Manga de Confeitar
Conhecida pela doutrina como Massa de Biscuit.

* Referência Bibliográfica:

BERTINET, Richard. Pães – Deliciosos, Simples e Contemporâneos. Editora Marco Zero: 2012.

SEBESS, Paulo. Técnicas de Panificação Profissional. 2ª Ed. Editora SENAC São Paulo.

YOUNG, Linda S. CAUVAIN, Stanley P. Tecnologia da Panificação. 2ª Ed. Editora Manole.


Acervo Pessoal (Apostilas e Anotações).



Turma por essa semana é isso!

Chef Ana Eick.

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